16 de abr. de 2014

Feliz Páscoa!


A maior festa da liturgia católica

A Páscoa não é apenas o dia em que as crianças recebem ovos e coelhos de chocolate. Para os católicos, o sentido da Páscoa, a principal festa do cristianismo, é celebrar a ressurreição de Jesus Cristo. O domingo de Páscoa finaliza a Semana Santa, que relembra os últimos dias de vida de Jesus na Terra.
O Evangelho, parte da Bíblia que narra os 33 anos da vida de Jesus, mostra-nos como as pregações de Cristo e de seus apóstolos incomodavam tanto os romanos que dominavam a Palestina como os chefes religiosos judeus, que viam seus ensinamentos questionados por Cristo. Suas palavras causavam no povo mudanças de comportamento que as autoridades não aprovavam. Temia-se que seus ensinamentos pudessem levar a uma revolta popular. Por isso, Jesus foi preso e condenado à morte. Crucificado e sepultado, depois de três dias, ele voltou à vida e subiu aos céus, como nos conta os Evangelhos e como diz uma das orações do ritual católico da missa, o Credo.
Assim, de acordo com as crenças cristãs, Jesus mostra, com sua ressurreição, a condição de Filho de Deus, vitorioso sobre a morte. A Páscoa simboliza, para os cristãos, a passagem para uma nova vida, a vida eterna. É por esse motivo que ela é a mais importante festa da liturgia católica.


A origem do nome Páscoa

O nome Páscoa vem do hebraico Pessach, que significa passagem. Na liturgia judaica este é o nome da festa anual que comemora a libertação do povo judeu depois de séculos de cativeiro no Egito. Embora com calendários e origens diferentes, as cerimônias judaicas do Pessach e a Páscoa cristã mantêm muitas relações de significado, sobretudo por celebrarem ambas uma passagem para a libertação. Para os judeus significa a passagem da condição de escravos para a liberdade, em busca da Terra Prometida; para os cristãos significa a passagem da condição de pecadores para a graça e para a vida eterna.
A Páscoa cristã não tem uma data fixa. No hemisfério sul, ela é celebrada no primeiro domingo após a lua cheia de outono. Isso pode acontecer, portanto, entre 22 de março e 25 de abril. Da data da Páscoa dependem as demais datas do calendário litúrgico católico, sobretudo a Quaresma, como são chamados os quarenta dias que a precedem. O ciclo pascal inclui a Semana Santa ou Semana da Paixão de Cristo, que é marcada por inúmeras práticas e ritos, sobretudo a Sexta-Feira Santa, feriado no Brasil, país de tradição católica.


A tradição dos ovos de Páscoa
Na Antiguidade, egípcios, persas e também os chineses tingiam ovos para presentear os amigos. Os ovos simbolizavam a nova vida. Já o coelho, por ser um animal que procria muito cedo e tem muitos filhotes, é associado à fertilidade. Alguns povos consideram o coelho o símbolo da Lua. Talvez tenha sido por isso que ele se tornou o símbolo da Páscoa, pois é a Lua que determina a data dessa festa.
No Brasil, o coelho foi introduzido como símbolo da Páscoa pelos imigrantes alemães. O costume de se dizer que o coelho da Páscoa esconde os ovos coloridos para as crianças encontrarem os seus ninhos logo se espalhou pelo país. Hoje, os ovos de Páscoa são feitos de chocolate e embrulhados em papel colorido. Na Hungria, às vezes são pintados de flores. Em muitos países, preparam-se biscoitos e bolos de Páscoa, em forma de coelhos e de cruzes. Entre os povos de línguas saxônicas, o nome Páscoa indica uma associacão com o Eostur-monath, mês de abril, quando alguns povos pagãos comemoravam o final do inverno e a recuperação da vida na primavera. Até o século VIII, nos países do norte da Europa, a chegada da primavera no mês de abril era saudada com uma festa dedicada à deusa Eastre. Nessa festa, eram ofertados ovos pintados de cores brilhantes lembrando a luminosidade desse período do ano.

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